Dentre os primatas, a fêmea humana é a única na qual os peitos aparecem cheios o tempo todo. Nas demais espécies, os peitos só aparecem durante o aleitamento materno. Isso ocorre porque os seios das mulheres são, na sua maioria, compostos de gordura e só são preenchidos com leite após ela dar à luz. Por esta razão, os pesquisadores David P. Barash e Judith Eve Lipton, do Centro Nacional de Recursos de Sexualidade dos Estados Unidos, inicialmente acreditavam que os seios da fêmea humana poderia ser um engano biológico.
Mas, de acordo com novos estudos, descobriu-se que este traço pode ser um truque evolucionário para os homens, pois sinaliza a capacidade da mulher de alimentar seus filhos. De acordo com os cientistas, seios fartos facilmente poderiam sinalizar a verdade sobre a fertilidade da mulher. Neste sentido, as meninas antes da puberdade, sem peito, são jovens demais para ter filhos, e os peitos caídos e encolhidos de mulheres mais velhas podem sugerir que elas já passaram da fase de reproduzir.
Pensando desta forma, os cientistas entendem que o tamanho do seio da mulher está relacionado também a uma teoria evolucionária chamada “princípio da desvantagem”. De acordo com essa teoria, eles acreditam que, como o seios às vezes atrapalham as mulheres, uma mulher com o seio farto teria a vantagem de ser considerada geneticamente boa para a fertilização, porém ela teria a desvantagem de ter que carregar o peso e o desconforto do seio para o resto da vida.
Uma outra teoria sobre o porque nossos seios são fartos em relação aos outros primatas sugere que o seios das mulheres cresceram depois que os nossos primeiros ancestrais ficaram em pé. Através de observações, identificou-se que os seios dos antepassados de seres humanos do sexo feminino evoluíram ao longo do tempo, juntamente com uma inclinação gradual da bacia, de modo que a vagina foi orientada mais para a frente do corpo. A partir desta transformação, os humanos passaram a fazer sexo também pela frente, diferenciando-se da posição mais comum usada por outros primatas, em que o macho se aproxima da fêmea por trás. Este processo evolucionário pode explicar porque a espécie humana faz sexo não apenas para a reprodução, mas também por prazer.
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