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contos de terror#24:Um Doce Céu De Marmelada

Artigo não recomendado para pessoas sensíveis ou com problemas cardíacos.
Até a próxima, galera!
                                                                 Um doce céu de marmelada
Por: Haruka Sumire
 
Nesse doce, doce céu de marmelada. Qual futuro nos aguarda?
Caminhando incessantemente, olho para o céu de um tom alaranjado… Daqui a pouco, na certa, mais um pôr do sol acontecerá.
Há corpos mutilados por todos os lados. Mas o que eu posso esperar? Agarre-se nesta canção, minha doce irmã, e não tema o futuro. Enquanto eu você giramos, somos duas crianças judias.
Sim, duas belas crianças judias, fugindo dos monstros, e abaixo da terra. Belas e inocentes crianças, olhando o horizonte, e vislumbrando futuro.
Olhe minha doce irmã. Veja aquelas máquinas ao longe. Vejam como sujam o céu de marmelada. Sim, aquele mesmo céu que lhe prometi. Sinta a verdade em meu rosto.
 Sei que ainda somos pequenos, mas lhe peço: se agarre a esta canção. Mamãe e papai estão no céu. Eles devem estar felizes de nos ver bem. Então não chore ok? Mamãe e papai estão bem…
Agora, abaixo da terra, com uma cruz feita por nós, seus corpos já descansam…
Mas eles estão no céu, meu bem, então tudo bem se uma bomba cair…
“Não confie nos homens de suásticas! Não confiem nos homens de suástica, meus anjos”.
As palavras de nossa doce mãe ainda estão em minha mente. Eu quero ver o céu de marmelada, e você, minha irmã, também não? Eu sei, eles estão lá fora. Eu, você, eles, todos nós temos medo.
Muitas vezes, eu digo o contrário do que estou pensando. Não, não, por maldade, mas para te acalmar, meu bem.
Você sabe, eu fui corrompida pelo mundo… Agora, nesse instante, quero apenas que você fique em silêncio. Não quero te levem!
Ei irmã, lembre-se que te amo.
Não, eu não estou me despendido como mamãe e papai. Isso seria um pouco egoísta, não? Deixar-te sozinha no mundo dos monstros?
Diz-me irmã, você não quer viver assim pra sempre não é?
Você pode me abandonar se quiser.
Perdoe-me por isso, mas você é parecida com aqueles monstros, não! Não! Você é um anjo e eles tentam imitar os anjos…
Já eu, eu sou uma corrompida pelo mundo.
Sabe, você pode recomeçar a sua vida com aquela família “sangue puro”.
Sim, eu sei, eles são diferentes dos monstros, mas temem a minha companhia. Sei também, que eles podem cuidar de você.
Ei irmã não chore ok? Eu só quero o seu bem! Por mais que duvidem, sei que Deus fará seu julgamento.
E então está guerra terminará, e nós, duas pobres crianças, poderemos enfim brincar. Sem se preocupar com mais nada nesse mundo.
Se eles também são humanos?
De inicio sim doce irmã, quer saber por quê? Por que eles deixaram que o mundo os corrompesse. .
Como assim, doce irmã, o que são os humanos?
São seres que erram, sorriem, choram. Que se levantam a cada topada.  São pessoas capazes de fazer o mal mais terrível e pecaminoso… Mas também são capazes de transmitir o bem mais puro…
E o vermelho desta guerra. Eu te juro irmã, esses seres irão pintar com o mais doce laranja.
Como o céu de marmelada… Que eu irei te mostrar!
No entanto irmã, eu não posso lhe mostrar agora, nós temos que correr. Temos que correr o máximo que podemos.
Seus pés estão sangrando? Não se preocupe! Eu te levarei em minhas costas!
Não, não se preocupe com o sangue em mim, eu preciso te proteger!
Você é um dos poucos anjos que restaram, doce irmã!
Se eu estou com medo?
Sim! Eu estou morrendo de medo! Eu estou tremendo de medo. Eu não quero morrer, doce irmã. Eu quero estar viva e ver isto tudo acabar. 
Por incrível que pareça, eu sinto falta da escola. Sabe mais do que eu sinto falta?
Eu sinto falta de levantar e ver a mamãe na cozinha, do seu sorriso, do seu olhar. Do seu abraço, do seu beijo.
De seus olhos tão lindos, mais lindos que uma joia, que uma joalheria inteira.
Maldita bala que atravessara seu peito. Maldita guerra que o fez estraçalha-lo no chão.
E eu peço, ou melhor, eu imploro:
Deus cuide das pessoas, por que… Porque, elas estão se destruindo.
Deus…
Somos um erro, Deus? Por que você não desce e nos ajuda?
Deus…
Você é uma criança assustada como nós?
Ei Deus…Nas noites solitárias, eu peço que nos proteja…
Um dia, estas lágrimas que há muito seguro, irão cair…
Confesso: meus pensamentos são tão poucos e limitados, que já nem servem para preencher uma página.
Dancemos minha irmã, dancemos essa doce valsa. Esqueçamos-nos do mundo lá fora. Se estivermos mortos ou não, se matamos não. Isso já não importa.
Eu apenas me pergunto: Deus, o que queres de nós? Qual o futuro que nos aguarda… Neste mundo dos monstros?
Abraço você, doce irmã e lhe conduzo nesta última valsa. Você dançará novamente, sim, a caminha da terra dos anjos.
Se eu estarei lá?
Eu estarei! Eu estarei em qualquer lugar que você estiver. Eu te amo doce irmã, amo demais. E talvez seja por isso que eu estou me sacrificando.
Eles nos acharam doce irmã… Sim, este mundo é tão grande e cruel. Você diz “não me deixe”, mas já não posso. Fui corrompida pelo mundo.
Enquanto nos caçam, eu sorrio. E sabe por quê?
Por que eu sei que você ficará bem. Eu te amo! E por isso que faço esse sacrifício. Aprendi, que mesmo corrompido, eu posso ter mais doce dos sentimentos.
Irmã, nunca… Nunca complique a felicidade ok? Agarre-a com as suas duas mãos!
Enquanto este corpo aqui cai no chão, eu só espero que estes pensamentos sejam transmitidos a você, e então…
Então… Então…
Um dia irmã…
Eu irei te mostrar, um doce, o seu doce céu de marmelada!
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Autor Patrick Neves

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