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Contos de terror:Apavorada #3 Você acredita?

E na medida do possível, vou selecionado cada um dos textos enviados. Os melhores, no caso, serão postados entre terça e sábado. Uma ótima leitura!
                                                      Apavorada
Por: Marcelo Nunes

Lá estava eu andando sozinha pela rua, era um dia gélido e meio sombrio, o ar estava tenso, o céu nublado, acabara de sair do trabalho.
Apressei o passo, pois não era muito seguro uma dama andar sozinha pela rua, ainda mais em um dia desses, escuto um barulho como se alguma espécie de metal tivesse caído no chão, pensei se olhava ou não, estava com receio de ser algum tipo de bandido. Resolvi olhar, poderia apenas ser minha imaginação. Vi uma espécie de vulto correr para um beco, depois disso meu coração acelerou e senti meu sangue fluir mais rápido, isso era medo.
Cheguei em casa, moro sozinha, mas não me sinto incomodada com isso, quer dizer, ao menos não me sentia. Depois da imagem que vi fiquei pensando se o tal vulto era ou não fruto de minha imaginação, pois eu acabara de ter um dia cheio de trabalho. Sendo ou não resolvi tomar uma ducha quente para ver se esquecia disso, aparentemente parecia ter funcionado.
Depois do banho, vesti meu pijama e deitei no sofá até escurecer, já que não tinha nada de mais pra fazer, fiquei ali mesmo assistindo TV.
Agora já estava tarde, era 00h00, resolvi ir dormir, enquanto passava pelo corredor escutei um barulho semelhante ao de antes, só que dessa vez era como se uma panela ou algo do tipo tivesse caído, não parei pra olhar, fui direto para o quarto, apaguei a luz, me cobri da cabeça aos pés e resolvi dormir. Aparentemente não conseguiria.
Aqueles dois barulhos ouvidos, um pela manhã e outro agora à noite, foram suficiente para tirar meu sono, eis que dessa vez o barulho vem da janela do meu quarto. Arrepiei-me, meu coração agora estava a mil por hora, o barulho era algo parecido com se alguém esfregasse as unhas na madeira.
Eu já começara a suar frio, estava em estado de choque, resolvi voltar para debaixo do cobertor e esperar pra ver se o que quer que “estivesse” fazendo aquele barulho fosse embora. Alguns minutos depois não se ouvia mais nada, um breve alivio me ocorreu e quando abro os olhos vejo aquela figura encapuzada parada diante da minha cama, pensei em gritar, mas o pavor não deixou, ele se aproximou e com suas unhas arranhou uma parte do meu braço. Depois disso eu desmaiei.
Quando acordei percebi que meu braço estava sangrando, pouco, mas estava.  Resolvi ir ao hospital, lá fizeram um curativo e na volta pra casa eu fiquei pensando naquela imagem assustadora que já me ouriçava a espinha. Quem seria tão sem escrúpulos assim a ponto de fazer algo tão terrível comigo? Eu, uma pessoa que nunca desejei mal a ninguém.
Fui “em casa”, me arrumei e fui trabalhar.  Ao menos a manhã foi normal, e a tarde também, mas a imagem não saia da minha cabeça. Na volta pra casa eu já me sentia apavorada, pensando no que tinha acontecido noite passada.
Mais uma vez eu cheguei e fiquei até tarde assistindo TV, o medo me consumia, não queria dormir, mas meus olhos já estavam pesados, foi o jeito. Na cama eu tremia com medo daquela “criatura”, dormi por um instante, e fui acordada por uma respiração em meu pescoço. Mas uma vez ele estava lá só que dessa vez encima de mim e me encarando, eu estava prestes a ter um ataque cardíaco, até que ele fez o primeiro movimento, me arranhou na barriga, percebi que não era com unhas normais e sim com alguma espécie de unhas metálicas e postiças.
Ele tinha força, aparentemente era do sexo masculino, lutava comigo, eu tentava afastá-lo, mesmo com medo, mas minhas emoções foram maiores que o medo e me fizeram lutar, pena que todo esforço que fiz foi em vão, e ele acabou me arranhando toda, me deixou toda ensanguentada, mas eu não sentia dor, devia ser por causa do medo.
Quando ele olhou para mim e viu que eu já estava muito mau, resolveu se afastar, ficou em pé ao lado da cama e apontou para uma espécie de papel encima da cabiceira da cama e foi embora de algum modo. Apenas desapareceu, eu estava com muito medo, mas peguei o papel e resolvi ler com mais medo ainda do que poderia estar escrito ali. Quando abro o papel entro em estado de choque ao ler as seguintes palavras “Lembra do namorado que você dispensou por ser romântico de mais? Pois é, ainda me acha romântico?”
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Autor Patrick Neves

O tipo bom de má companhia...

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