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Madrugada dos mortos>>>Bebendo sangue de bonecas


E acreditem, as bonecas podem ser bem vingativas. Duvida? Observe o texto abaixo. 

Uma boa leitura!

Bebendo sangue de bonecas

Por: Amanda Fonseca
 

Eu tinha 13 anos quando aconteceu. Eu havia ficado sozinha em casa, pois meus pais iriam viajar e voltariam somente na semana seguinte. Eu sempre fui muito independente, nunca precisei de ninguém, mas eu estava me sentindo estranha por alguma razão, então tomei banho, coloquei o pijama e fui assistir um pouco de televisão. Era umas 20h00.
Estava passando um filme idiota, infantil na verdade, mas eu nem liguei para o que acontecia nele, já que estava tão assustada que só de ter algum som em casa eu já ficava aliviada. De repente, sinto um vento em minhas costas. Olho e tudo estava fechado. Na verdade, trancado por fora, de algum modo. Eu vi a porta que estava trancada, de fato, eu a havia deixado daquele jeito.
Eu peguei a chave para ver se destrancava, mas ela não abria. Eu estava presa.
- Ai meu Deus! Que diabos está acontecendo?! - Subitamente, a televisão parou de reproduzir o filme e começou a chiar. Aquele barulho insuportável só servira para me assustar.
- Ariana, por que está tão assustada?Hahahaha! - Eu ouvi aquela voz assustadora, parecia um anime uma voz feminina.
- Por que será que ela está com tanto medo? - Falou uma voz parecida. Na verdade, parecia a mesma pessoa falando, porém, em diferentes tons de voz.
- Quem está aí?Como sabe o meu nome? - Eu disse, em uma voz trêmula. Do nada,como se fosse para me assustar mais,uma tempestade violenta começou. A chuva estava tão forte que ao bater na janela, a água parecia estalar o vidro.
- Hahahahahahaha!Está tão assustada assim? - Disse uma figura de aparência humana, mas era perfeita demais para tal feito. Seus cabelos eram longos e prateados e seus olhos possuíam uma coloração vermelha. Ela era alta, em torno de 1,70, e era branca como o gelo. - Por que, hora?
- Foi você quem trancou tudo e me deixou presa, não é?
- Pensou que fosse o que?A Samara?
-O que você quer?Meus pais não estão!
- E é por isso que vim bobinha! Eu estou com um pouco de fome, mas adoro brincar com a comida! - disse ela, passando a mão no meu pescoço e me segurando pelo pulso. Eu tentei me soltar, mas ela segurava mais forte cada vez que eu puxava.
- Me solte!
- Está com medo criança?Não se preocupe, eu só quero brincar de boneca. Você não quer?- Eu acenei com a cabeça dizendo não, mas obviamente ela não se importou. Era sim ou sim. Ela me sentou no sofá, e sussurrou em meu ouvido:- Fique quietinha. Eu obedeci, eu não conseguia me mover. Mesmo que tentasse, era inútil. Ela me mordeu, e foi aí que fiquei mais paralisada ainda. Quando ela parou, o sangue jorrava de sua boca e eu fiquei imóvel. Como? Eu também não sei. Eu comecei a chorar, mas não fiz barulho, só saíram lágrimas.
- Bonecas não costumam chorar. - Ela disse -E você viverá para sempre sem seus pais idiotas, e sem escola.Tudo ficará melhor.Poderá até ter suas próprias bonecas se eu deixar.E não se oponha.Bonecas não são contra suas donas.
Por alguma razão, eu a obedecia, era como se ficasse hipnotizada. Meu cabelo ficou liso e meu rosto sem imperfeições. Ela me levou a um castelo e sempre que tinha fome me mordia. Doía, mas eu ficava bem quieta. Ela mandava, eu obedecia. "Fique quieta". "Feche os olhos" e "deite". '"Durma"!.Brincávamos, desenhávamos, mas eu nunca saía de um mesmo quarto, no qual havia uma cama com um mosquiteiro que iria até a base, uma cômoda com um abajur cheio de unicórnios e estrelinhas, e várias prateleiras com bonecas, cujo uma delas era igual a mim.Também havia ursos de pelúcia enormes,no qual era possível cochilar e um enorme tapete cor-de-rosa no qual eu brincava.Se eu quisesse sair do quarto,era sempre a mesma palavra:
-Esqueça. - E eu esquecia completamente da ideia.
Depois de 300 anos confinada, ela fez uma nova boneca. Loira e de olhos castanhos. Depois de duas semanas, ela trouxe outra menina, exatamente igual à boneca.
-Minha querida, você já pode ir. Vá fazer sua própria coleção de bonecas. E divirta-se! - Disse ela, animada. Eu saí na mesma hora.
Eu gostei da ideia. Eu vaguei pelo mundo, já que para casa eu não voltaria, meus pais estariam mortos mesmo. E agora estou aqui, falando com você. Eu quero brincar de boneca. Você não quer?
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Autor Patrick Neves

O tipo bom de má companhia...

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